Durante a última semana ocorreu na Faculdade de Imperatriz uma reunião na qual a pauta principal era a possibilidade de exclusão da defesa do trabalho monográfico na instituição. Participaram dessa reunião: professores e servidores dos diversos cursos da instituição; menos os mais interessados; nós, os alunos.
Não é novidade a falta de visão acadêmica da instituição, contudo a falta de noção acadêmica ou mesmo de análise mercadológica é alarmante. Todo mundo conhece o que a direção da Facimp ignora: o papel da Faculdade é produtivo, social e culturalmente. Adotar como norte o perfil capitalista sanguinário na condução de uma instituição de ensino é um retrocesso. E a prova disso é tratar sobre a exclusão do ponto forte de aprovação de um curso no meio social: a monografia.
Através da monografia o aluno terá a oportunidade de provar, perante seus pares e o restante da sociedade, que foi capaz de analisar um determinado seguimento social e através da teoria e da prática compor a necessidade de aplicação do seu aprendizado durante o curso àquele pedaço da sociedade por ele estudado; ou seja, tudo que a Faculdade é capaz de fazer está materializado na monografia. Retirar a monografia de um curso é torná-lo socialmente inútil.
Talvez a pior de todas as constatações que me vieram durante a última semana foi a atitude covarde de grande parte do corpo discente da faculdade em apoiar a retirada da monografia. Isso é trágico! É um tratado da ignorância entre faculdade e aluno. É o chamado Pacto de mediocridade. Essa posição asquerosa renderá profissionais sem escrúpulos, de caráter minguante e contestável. O aluno que adere a tal posição já está excluído pelo simples fato de não perceber que todos à sua volta estão se preparando para um mercado competitivo enquanto ele se contenta com o básico, o singelo, o mínimo.
Espero não ter que escrever aqui um dia o epitáfio da monografia na Facimp. Desejo que todos os que são pelo desenvolvimento da nossa sociedade venham a negar contundentemente essa idéia nefasta e absurda, que só tem lugar na cabeça de quem não se acha capaz; de quem não vislumbra uma sociedade melhor e mais produtiva para, aí sim, se tornar mais justa e honesta.
Natal Marques Dias
6 comentários:
Não vá ainda monografia, espere para que eu possa provar do teu saboroso manjar...sei que és trabalhoso fazê-lo.Para alcançá-lo, a escolha dos ingredientes deve ser minuciosa.Exige amor, cuidado e acima de tudo dedicação...O manjar está servido senhores!quem deseja degustá-lo?
Ops!!!alguém quer puxar a toalha da mesa!!!façam alguma coisaAAAAAA!!!!
coment arriba is my, Nadiely, só consegui fazê-lo "anônimo"!!!
Vou fingir que não li sobre isso!
Ridiculo!!!!
Agora qualquer um poderá "empurrar com a barriga" o curso.
Os desafios do ensino principalmente em nosso País, acesso ao ensino público: Leva a necessidade de buscar a Faculdade Particular como local diferencial, de assíduidade, estímulo e criatividade; como produtor de conhecimento e não apenas como local imediatista de formação mercadológica.
Excluir a defesa da manografia na conclusão dos cursos de graduação,é desconhecer o seu verdadeiro papel - habilitação. excluí-lo, deixa de ser o principal identificador do aluno, constituindo-se de fato num Diploma apreciado pelo seu valor de mercado e não como espelho de uma formação. Neste sentido, seria a manografia coerente com o valor e o prestigio dos diplomas e com a maior identidade das áreas de atuação dos profissionais. Por isso, rogo, junto à comissão competente de decisão sobre a suspensão da manografia, que considere nossos anseios para a manutenção desta habilitação, para continuar-mos garantindo nossa credibilidade.
Bom acredito que o aluno(a) que seja a favor desse ato concerteza nao vai oferecer nenhum problema no que se refere a concorencia no mercado de trabalho!!!!!
Este é simplesmente mais um reflexo da mercantilização do ensino.
O processo da realização de monografias é bastante intenso e exige muito do aluno para que seja produtivo.
Anteriormente, nas instituições, cada professor acompanhava somente duas, no máximo três monografias por semestre. Isto dava mais condições para que o aluno tivesse um contato mais direto com seu orientador, pudesse ter reuniões periódicas, o orientador podia conhecer o estilo de escrita do aluno.
No entanto, com o passar do tempo, as universidades, principalmente privadas, impuseram uma classe inteira para um professor, que tem a árdua (e impossível) missão de orientar mais de 40 monografias paralelamente.
Ora, isto é impossível.
A defesa da monografia, quando oral, qualifica o estudante que comprova o trabalho realizado e a maturidade que o mesmo tem tanto para uma entrevista de trabalho como para a continuidade acadêmica.
Em muitas instituições a defesa das monografias realmente não acontece, fazendo com que a mesma perca quase todo o significado de existir.
Isto é preguiça dos professores, praticamente um atestado de incompetência dos mesmos, assim como uma quase imposição da instituição, que quer economizar em banca de defesa, pagamento de orientação, etc.
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