terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Cavalo de Tróia


É ano eleitoral. Não sei se este é um dos motivos que “alguns” membros do Executivo começaram a se articular, já são perceptíveis algumas melhorias na Cidade. Pergunto-me, essa galera tem quatro anos, e durante esses quarenta e oito meses, todos os meses vêem as ditas verbas de “melhorias”, tanto na saúde, educação e infra-estrutura. Mais, no entanto, só vemos essa movimentação neste período. Será que eles guardam todas essas verbas durante todo esse período e, só no último ano de mandato é que gastam?... O mais assustador de tudo, é ver a legitimidade que esse tipo de manobra vem tendo da Sociedade Cível. Essa dominação que já é tida como normal, e em razão disso, já se tornou cultura em nossa Sociedade e, a lei que impera, é a visão do ter sobre o ser.

O nosso sistema eleitoral possui o melhor modelo de votação do mundo. Dizem os especialistas, Mas, será que isso significa que a sociedade sabe votar? Não é o que vivenciamos na realidade. Favorecimento, corrupção, compra de voto e currais eleitorais. Tais situações são associadas há uma educação de má qualidade. Mas também há um estado que pratica apenas a política do pão e circo, de um sistema assistencialista, de um governo que prega a democracia, mais a despreza. E o pior, é que para concretizar tudo isso, conta com parceiros fortes... A alienação feita pelos meios de comunicações, sobre tudo a televisão, que apesar de trazer uma imagem concreta, nem sempre fornece uma reprodução fiel da realidade. Tal situação é vivenciada no período eleitoral, onde o “veículo” se torna verdadeira “janela” revestida na alienação da sociedade. Dessa forma, alguns políticos impõem aos telespectadores a sua maneira especial de ver o real. Em razão disso, a corrupção tornou-se a ferramenta mais utilizada em nosso país.

Essa herança que reedificou a corrupção no país. Como o País é carente de uma educação de base, aliado a ausência de políticas publicas ao desenvolvimento da nação, é nítida a ignorância. Como desdobramento disso, é visível, cenas como compra de votos e o jurássico voto de cabresto, tais praticas do tempo dos coronéis, mais que ainda ecoam em “alguns” Estados do nosso país. Hoje, em meio a toda tecnologia disponível, subsiste a corrupção e, por extensão, a ética nas eleições. E o povo? Bem, o povo...


Gessivan Lopes Morais


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